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28 de Abril de 2024

Estudante tira nota máxima na OAB: "É só uma prova, difíceis são os 5 anos da Faculdade"

Ex-aluna de escolas públicas, Vicenza Sousa Santos, de 24 anos, está focada nas provas finais do curso de direito e acredita que serão mais desafiadores que o Exame da Ordem.

Publicado por Andressa Garcia
há 9 anos

Antes de mergulhar em inúmeras páginas de processos e passar horas dentro de escritórios, quem quer se tornar um advogado precisa superar um obstáculo. O aspirante tem de ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Vicenza Sousa Santos, de 24 anos, conseguiu tal feito. Mas além de estar apta a advogar, carrega uma marca ainda mais impressionante: a nota máxima no teste.

A jovem, prestes a concluir a graduação em direito, estudou toda a sua vida em escolas públicas estaduais na cidade de São Paulo. Após terminar o ensino médio, ficou um ano parada por questões financeiras até se matricular na Universidade São Judas, onde conta com bolsa de estudos de 40%, dada pela própria instituição. Para ajudar nos 60% restantes, desde o segundo semestre do curso, ela recorreu ao Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), do governo federal.

Vicenza dedicou os últimos cinco anos aos estudos e, boa parte deste tempo, a estágios. Ela atuou nas áreas trabalhista e tributária — esta última, escolheu para a prova da OAB. "Me ajudou. Se você faz isso no seu dia a dia fica mais fácil", diz ela. Na segunda fase do teste, os alunos podem escolher a área com que mais se identificam.

O exame da Ordem, obrigatório para obter o direito de advogar no Brasil, é composto de duas fases. A primeira com questões de múltipla escolha e a segunda apenas com perguntas dissertativas. Vicenza conseguiu nota 10 na segunda prova, a máxima possível para os candidatos. “Para a primeira fase, eu não estudei. Para a segunda fase, fiz um cursinho e foi suficiente."

Embora a marca que alcançou seja notável, Vicenza minimiza a dificuldade. “É claro que é diferente, mas eu nunca me preocupei absurdamente com a OAB, como a maioria das pessoas. Eu sempre falei ‘gente, é mais difícil passar cinco anos na faculdade do que fazer a OAB, é só uma prova’.”

Para o futuro, ela tem como planos iniciar uma pós-graduação e seguir na profissão."Agora, eu estou focada nas provas da faculdade que, inclusive, acho que serão mais difíceis que a OAB. Depois eu pretendo advogar, talvez montar meu próprio escritório. Ainda estou pensando em possibilidades para o ano que vem", diz."O que tenho certo mesmo é começar uma pós-graduação em direito tributário e continuar a advogar. O mercado de trabalho não perdoa."

Fonte: Época Negócios

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Veja como é a prova da OAB nota 10 do último Exame da Ordem!

49 Comentários

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Uma nota é somente um número. Será?!
Parabéns pela nota e pela competência, na verdade, o mérito é todo seu. Ninguém sabe quantas vezes você se privou de algo para estudar por menos que tenha sido. Felicidades em todos os seus projetos futuros. continuar lendo

Boa Tarde.
Não imagino outra coisa senão a nota é nada mais que uma nota. A qualificação para o exercício da profissão não pode ser outorgado por uma entidade que não participa na construção da formação acadêmica e tão pouco por entidade classe. Por mais fácil que seja a prova, ou, por menor que seja o exame, não compete uma entidade privada fazer valer ou seu diploma para o exercício da profissão, e não o da faculdade. Com a devida vênia dos colegas, sou ferrenho opositor ao exame me colocando na defesa dele quando efetuado pelo MEC e antes da diplomação. A Lei 9394/96 em seu artigo 48 determina algo bem diferente do que proposto pelo artigo Inc. IV da Lei 8.906/94. Lei posterior revoga em todo ou em parte naquilo que conflitar a lei anterior. Há severas críticas serem dispensadas ao Exame de Ordem. É profundamente lamentável que sejamos tão duros em jogar colegas nossos na sarjeta da desgraça, ao som do clarinete do sofrimento. Minha sincera opinião. continuar lendo

Só para manifestar meu entendimento diametralmente oposto, ou seja, favorável à realização do exame, talvez com algum aperfeiçoamento, mas sem mudanças drásticas. Penso não ser necessária a exposição dos motivos pertinentes, que já devem ser do conhecimento de todos. Lembro, por fim, que é um mero exame "de ordem" e, como tal, não tem viés eliminatório. continuar lendo

Pois é Carlos, concordo plenamente com vc. Primeiro que o então estudante fica por cinco anos se submetendo às provas aplicadas pela instituição de ensino, a qual possui qualificação outorgada pelo MEC, e ao final recebe o diploma, também sob a aquiescência do Ministério da Educação, órgão máximo da nossa republiqueta, e aí o cidadão tem que se submeter ao exame da ordem??????? faça-me o favor, né. Na minha singela opinião, é pura arrecadação. Costumo dizer que o curso de direito é o único que o cidadão conclui mas não vale de nada, porque tem que prestar o dito exame......lamentável! continuar lendo

A prova da OAB, principalmente a segunda fase é a que mais assusta os candidatos. Fui aprovado duas vezes: no X Exame (Direito Penal) e XI Exame (Dir. Administrativo). No primeiro, após recurso indeferido pela banca examinadora, recorri direto ao CFOAB (Ouvidoria) em Brasilia, e o segundo, antes do julgamento definitivo do primeiro, passei tranquilo. Antes do resultado do segundo (XI), saiu o resultado da Ouvidoria. Lembro-me como se fosse hoje, no dia 14/10/13, recebi um e-mail da Seccional / Pr, com o resultado, minha petição tinha sido aceita e a aprovação com a nota 6. Na hora falei com meus colegas de trabalho, vou ser aprovado duas vezes no Exame de Ordem. Aconteceu, logo saiu o resultado do XI, com a aprovação.
Com esse novo mecanismo de recurso, ajudei mais 3 alunos, de outros Estados a buscar a aprovação e eles também foram aprovados.
Quem reclama da dificuldade da prova ou quem é contra o Exame, basta ficar tranquilo e logo a aprovação chegará.
Parabéns, merecida a nota 10. continuar lendo

Natanael, se puder me dar mais informações acerca do seu recurso interposto sobre o resultado final da banca examinadora, tais como possibilidade, tempestividade, agradeço. continuar lendo

Engraçado... sempre pensei de maneira semelhante. continuar lendo

Eu tbm, podiam criar uma faculdade de direito integral de 2 anos e meio de duração e estaria ótimo, de preferência a distância ou com a possibilidade de escolher os professores. continuar lendo